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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Neves e Sousa – Pintor de Angola

Neves e Sousa, Albano

Nasceu em 15 de Janeiro de 1921, em Matosinhos.
Morreu a 11 de Maio de 1995.
As primeiras exposições foram 1936 e 1937, passando a viver em Angola depois de ter defendido a sua tese, em 1952.
Deixando África passou a viver no Brasil – Salvador da Bahia.

Festa Africana, 1986

Enquanto aluno da Escola Superior de Belas Artes do Porto ganhou vários prémios: o Centenário Soares dos Reis, as Três Artes, Rodrigo Soares, Rotary Club do Porto 1950 e 1951.
Outros prémios recebidos pelo pintor:
- 1º prémio de aguarela da I Exposição de Artes Plásticas de Luanda;
- 2º prémio de pintura da Casa de Metrópole, em Luanda;
- A medalha de bronze de "Caça e Pesca", Dusseldorf, Alemanha, 1954;
- 1º prémio, pastel, na exposição de artes plásticas da Câmara Municipal de Luanda, 1967;
- A menção honrosa na Exposição Internacional de Desenho em Rijeka, Yugoslávia, 1970;
- A medalha de ouro de desenho na Academia de Pontzen, Nápoles, Itália, 1974.

 
Baile Mahungo 

A sua pintura levou a que tivesse participado  em várias exposições em diversas cidades, nomeadamente, Bélgica, Brasil, Espanha, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, África do Sul, Estados Unidos, França, Inglaterra.
A decoração de edifícios públicos, em Angola, (O Aeroporto de Luanda expõem uma tela – gravura em grafite com a área de 345m2) em Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe.
Nos EUA, em 1975 decora Em 1975, interiores dos aviões "Boeing 737" dos Transportes Aéreos de Angola.

Sanzala de Galangue


Foi agraciado pelo Governo Português com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, em 1963, e com a comenda da Ordem de Mérito, em 1993.

Actualmente representado em diversos museus: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa; de Arte da Universidade do Ceará, Fortaleza), vale a pena ver alguns dos seus quadros, retratando a África dos seus olhos.


Actualmente esgotado o livro “Neves e Sousa - Pintor de Angola", que resume uma boa parte das obras do pintor com referência permanente à riqueza etnográfica e paisagens africanas.
Assim, fica a nota resumida do percurso deste homem conceituado na pintura lusófona contemporânea.


                                          Mocinha Muxilengue

Não podendo deixar de transcrever, o poema que inicia o seu grande livro…

ANGOLANO

Ser angolano é meu fado, é meu castigo
Branco eu sou e pois já não consigo
mudar jamais de cor ou condição...
Mas, será que tem cor o coração?

Ser africano não é questão de cor
é sentimento, vocação, talvez amor.
Não é questão nem mesmo de bandeiras
de língua, de costumes ou maneiras...

A questão é de dentro, é sentimento
e nas parecenças de outras terras
longe das disputas e das guerras
encontro na distância esquecimento!


Neves e Sousa