O desemprego não atinge
apenas a classe jovem. Atinge também as massas seniores, ou melhor dizendo, as
populações mais velha.
Temos assistido cada
vez mais, a ideia de que as empresas teriam maior resultado, essencialmente económicos,
se o seu quadro fosse formado por população jovem. Isto é, a substituição de
trabalhadores mais velhos por mais novos, levando a uma redução significativa
dos custos, no que respeita ao custo nos recursos humanos.
Esta ideia assenta essencialmente
no fato de existir a ideia de que a antiguidade ser um custo, que tem
repercussão no custo laboral.
As investigações tendem
a apresentar resultados diferentes, já que não é a idade, per si, que se repercute nos custos, já que a experiência não pode
deixar de ser considerada.
Por outro lado, o
capital social e o conhecimento resultante do desenvolvimento da profissão são
outro fator a ter em conta, na organização empresarial.
Por sua vez, e
relacionado com a experiencia do trabalhador adquirida ao longo dos tempos, e no
que respeita a acidentes de trabalho, a população de trabalhadores mais velha é
menos dispendiosa, visto que, o número de acidentes de trabalho verifica-se com
maior incidência, entre a população trabalhadora mais jovem. Este fator deve
ser considerado nos estudos efetuados para averiguar se a empresa deve
substituir os trabalhadores mais velhos pelos mais novos.
Temos ainda, o
absentismo, em que os estudos efetuados levam a concluir que existe maior incidência
nos trabalhadores mais jovens.
Ainda que em termos estatísticos,
a população de trabalhadores mais velha apresentar piores resultados em termos
de produtividade, o fato não se deve ao fator idade, mas antes, ao tipo de trabalho
que esses trabalhadores realizam, que não se pode deixar de relacionar com as
orientações e estratégias de gestão da empresa.
Ora, este problema passa,
designadamente, pela formação profissional da população de trabalhadores mais
velha.
Um outro aspeto, a
considerar é o movimento de deslocação dos trabalhadores, que leva, a uma
instabilidade dos quadros da empresa, por vezes prejudicial. As empresas terão
que investir na formação dos mais velhos no sentido de serem estes os elementos
do quadro de pessoal afeto à empresa com maior estabilidade, visto que, a maior
tendência para a deslocação entre empresas verifica-se ma população
trabalhadora mais jovem. (Este parâmetro tem influência nos custo da empresa,
já que nestes casos, o investimento em formação profissional acaba por não ser
rentabilizado).
Assim,
a ideia de que os trabalhadores mais velhos são menos rentáveis à empresa, não
deixa de ser um mito, que deixará de existir, a partir do momento em que os
quadros de gestão façam um plano que implique uma gestão equilibrada e
inteligente dos trabalhadores tendo em consideração: a idade; formação; experiencia;
atividade a prestar.
A
ligação entre estas quatro componentes fazem com a empresa desenvolva a sua atividade
sem desperdício de recursos humanos, já que tira a vantagem em pleno da mão-de –
obra que tem.
Este
só pode ser o caminho, já que, a vida da empresa perdura no tempo, tempo esse
que já se caracteriza pela queda acentuada da taxa de natalidade, o aumento da
esperança média de vida.
Os empresários
têm de saber ler os sinais dos tempos e deixarem o mito, - aproveitando o
potencial dos colaboradores, de forma equilibrada e inteligente, criando o seu
próprio quadro de relações laborais.
Sem
dúvida que na vida de uma empresa, cada vez mais, deixa de existir fronteiras
etárias.