Não posso deixar de
sinalizar o meu repúdio ao que aconteceu em Estremoz.
A Dra. Natália de Sousa é vítima de assassinato no exercício
das suas funções (patrocinavam um processo de divorcio de mulher vítima de violência
doméstica).
Concordo e por isso apenas transcrevo, parte do
comunicado da Ordem dos Advogados, « Com efeito,
o homicídio de um Advogado no exercício das funções e por causa delas,
constitui um frontal atentado ao Estado de Direito, ao exercício da cidadania e
aos mais elementares direitos, liberdades e garantias constitucionalmente
consagrados».
E
acrescento transcrevendo também, parte do texto publicado pela APMJ –
Associação Portuguesa de Mulheres Juristas pelos Direitos humanos das mulheres:
«A
Associação Portuguesa de Mulheres Juristas considera que escolha da
vítima por parte do autor do crime não foi obra de acaso ou de um momento de
desvairo, antes o ataque foi perpetrado contra uma mulher, uma advogada no
exercício das suas funções, na privacidade do seu escritório de advocacia, e
por causa do exercício dessas funções, pois que defendia os interesses e os
direitos de uma vítima de violência doméstica.
A Associação Portuguesa de Mulheres
Juristas entende assim que este crime deveria merecer uma profunda reflexão de
todas as instâncias competentes no combate à Violência contra as Mulheres.
A
Associação Portuguesa de Mulheres Juristas crê que a ruptura do ciclo de
violência contra as Mulheres não é um problema específico das Mulheres, mas sim
que, enquanto questão de Direitos Humanos, necessita de um igual empenhamento
dos homens e das mulheres e de todas as instâncias de poder de decisão».