Trata-se
de uma cidade pequena pouco conhecida que fica a uns 60 Km de Praga. (Note-se
que mesmo em Praga é pouco conhecida. Bom a dificuldade de comunicação é
imensa. Os profissionais dedicados ao turismo, não são assim tão fluentes no
inglês).
Em Praga,
pelo Hotel é possível marcar a viagem.
Pela
distância é possível ir e vir de Kutná Hora para Praga, no mesmo dia e conhecer
o que lá há de melhor.
Kutná
Hora situa-se da Boêmia Central. A viagem de carro ou autocarro permite ver a
vida rural da Republica Checa, ainda que genericamente.
Campos a
perder de vista, com alguma neve, e umas árvores aqui outras ali, completamente
despedidas de folhas. De vez em quando, umas casas, que na maioria não estão
conservadas e com alguma frequência isoladas umas das outras. Algumas,
nitidamente, feitas, a prazo, ou seja, aos poucos ao mesmo tempo que
habitáveis. Em regra, junto as habitações, meia dúzia de animais pastam, que
tudo indicam para sustento familiar. (É o criar galinhas, porcos e outros
animais comestíveis).
A abundância
que se vê em Praga, nomeadamente os edifícios muito bem conservados, na maioria
deles, todos rendados, com uma arquitetura extraordinária, perde-se de vista, a
medida em que nos distanciamos da capital.
De
salientar, que nem sempre assim foi. Segundo a informação do guia, Kutná Hora chegou
a ser a segunda cidade da República, no séc. XIV e seguintes, deixando de o ser,
quando as minas de prata deixaram de ser lucrativas e acabaram por fechar).
Hoje, a
população é pouco mais de 20000.
O sentimento
daquela população foi de abandono, após a exploração de minério ter terminado. (Aliás,
a cidade vive do turismo e da fabrica de tabaco - Philip Morris).
As
estradas são boas e chegamos então a cidade em direção à pequena igreja católica
dentro do cemitério de todos os Santos (Hřbitovní
kostel Všech Svatých).
O ossuário
de Sedlec – na parte norte da Kutná Hora está na cave da
Igreja.
A cave
da igreja é adornada por 70 mil esqueletos, obra do xilógrafo František Rint, no séc. XIX, que os
organizou de forma a criar peças criativas (colunas, candelabros, etc), no Sex.
XIX – 1870.
(O guia na altura informou que a existência de tantas ossadas
humanas foi devido ao aumento populacional no Séc. XIV face ao desenvolvimento económico
repentino motivado pelo trabalho mineiro (exploração da prata) que com o surgir
da peste que vitimou milhares e milhares, não foi possível o tratamento devido
dos mortos.
Só mais tarde foi o problema resolvido, e da forma como
retrata a Igreja. (Não se trata de uma informação que eu tivesse o cuidado de pesquisar).
Trata-se de uma cidade gelada, calma e silenciada.
Olhamos, paramos, olhamos e fica um vazio…
Olhamos, paramos, olhamos e fica um vazio…