Teve o nome de Pederneira, vila piscatória
por foral de 1514 por D. Manuel I.
Nazaré desde 1912.
Nazaré significa a calmaria e a fúria
do Atlântico: alteração dos ventos, inundações, chuvas e sol, sem que tais
fenómenos sejam considerados situações anormais ou complexas no que respeita as
categorias e denominações dos nossos metrologistas, em comparação com os fenómenos
que têm vindo a acontecer no planeta.
As ondas Gigantes! As ondas
gigantes tão faladas ultimamente sempre existiram ciclicamente de acordo com a
temperatura das águas costeiras. Que o digam os pescadores e peixeiras da
Nazaré… O canhão da Nazaré? Era o abismo insondável…
Mas, é evidente que a consciência
da existência de ondas gigantes é bem-vinda, sob o ponto de vista económico, já
que, a cidade passou de uma simples vila piscatória para uma cidade de turismo.
O aparecimento de Mc Namara em
2011 é gratificante para a máquina do turismo. Tal como a nova proeza do
francês Benjamin Sanchis que recentemente enfrentou uma onda de 33 metros
(recorde mundial).
Mas hoje sabemos, que não basta
ter em consideração os impulsionadores do turismo é necessário cuidar de infraestruturas
que possam sustentar o aumento do fluxo repentino do turismo, sob pena de destruirmos
o belo, o encanto do passado.
Nazaré não é apenas ondas gigantes.
É muito mais… É a sua história, a sua gente que sempre soube ao longo do tempo dignificar
os seus costumes e as suas tradições.
É exemplo disso, a manutenção da
originalidade do folclore. A dança do “vira” (certo é que vindo do norte e misturado
com o corridinho do algarve) tem características próprias e únicas de cunho dos
nazarenos.
Movimentam-se descalços ao ritmo dos
pescadores e peixeiras, na praia, no final da faina.
Sempre ligados ao mar.
Tive a sorte de conhecer a Nazaré
da simplicidade, passear sem atropelo.
Hoje, é todavia, ao que tudo
indica, a cidade das ondas gigantes.
Espero que o aparecimento de Mc
Namara e de Benjamin Sanchis não tenham mais força que o foral de 1415 e que
mudem o nome à Nazaré.
Aqui estive há cerca de dois anos... O Oeste fascina-me.
ResponderEliminar