(…)
E eis que, como sempre, regressa o velho dilema: como desenvolver sem destruir. Há uma visão que diz que qualquer coisa é melhor do que montes arruinados, aldeias despovoadas, minas encerradas, agricultura abandonada.
O problema é que nunca aparece alguém a defender a alternativa óbvia: a retoma da agricultura, a criação de empregos ligados ao mundo rural, a reabertura das minas, a recuperação do rio, a reconstrução dos montes e do património arruinado. Mértola é uma excepção. A toda a roda, os projectos só contemplam barragens, reservas de caça, urbanizações turísticas e campos de golfe.
Mas as ruínas, essas, permanecerão intocadas».
Texto de Miguel Sousa Tavares, 1997, Sul Viagens.
Sem comentários:
Enviar um comentário