Quadro Dominico-haitiano, artista de rua
A sua importância tem vindo a diminuir ao longo do tempo, essencialmente, nestes últimos anos, pelo facto de se estar a assistir a diminuição da oferta de emprego em contraste com o aumento da procura. A favor desta redução temos ainda uma rede empresarial que na sua maioria, aposta numa atividade exercida ao âmbito do trabalho extraordinário, não cumprindo o disposto na lei, por inúmeras razões nomeadamente, pela inercia do trabalhador, intimidado, por razões obvias. (Situação que se agrava, em setores em que a produção não exige mão-de-obra qualificada).
Os desafios impostos pela exclusão social, pelo desemprego, pela alteração das estruturas familiares obrigam a um olhar mais atento sobre o reflexo do tempo despendido na empresa na qualidade de vida familiar. 
Quadro Dominico-haitiano, artista de rua
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Horas efetivas de trabalho semanal | 
            Homens                            Mulheres | 
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N.º de horas de trabalho semanal além do regulamentado | 
                                    7 Horas | 
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Receio de perder o emprego | 
                                       32% | 
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Necessidade de trabalhar além do horário sem aviso prévio | 
                                       38,8% | 
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Para ser promovido é preciso trabalhar sempre para além da hora | 
                                       56,5% | 
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Os trabalhadores devem trabalhar muitas horas e estar sempre disponíveis  | 
                                        64,8% | 
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N.º de horas de trabalho doméstico semana | 
             6,9%                                          13,8% | 
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Sentem que faz menos trabalho doméstico do que deve | 
             41,9%                                        10,8% | 
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Mulheres que usam licenças de maternidade | 
                                                                16.4% | 
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Homens que utilizam licenças de paternidade 5 dias e a voluntária | 
           14% ; 9,2%   | 
Fonte: Guerreiro, Rodrigues e Barroso, Projeto Quality of Life in a Changing Europe, 2009.
É face a estes dados que se passa a expor o panorama que existe nos diversos países da União Europeia, quanto a carga horária de trabalho. Desde já, se faz referência que tal como em Portugal, nos diversos Estados-Membros, o horário é definido e regulado por lei, ou Instrumento de Regulamentação Coletiva.
Assim, a Eurofound avaliou, através de questionário aos trabalhadores, a carga horária semanal dos trabalhadores incluindo faltas e horas extraordinárias. 
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HORÁRIOS DE TRABALHO EM ALGUNS SETORES DE ATIVIDADE NA UNIÃO EUROPEIA | |
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                    PAISES | 
   CARGA HORÁRIA | 
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Bulgária | 
        41,7 Horas | 
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Roménia | 
        41,7 Horas | 
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Reino Unido | 
        41,4 Horas | 
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Dinamarca | 
        40    Horas | 
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Itália  | 
        40    Horas | 
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França | 
        40    Horas | 
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Portugal  | 
        38.8 Horas | 
Os resultados expostos no quadro levariam a concluir que Portugal estaria abaixo da média da União Europeia, com 38,8 horas semanais. O que não é verdade. O Estudo elaborado em 2007, com os dados do último trimestre, pela Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, analisou apenas três grandes áreas do setor produtivo: função pública, indústria química e comércio a retalho. Quaisquer destas atividades apresentam diferenças significativas na duração das jornadas laborais. 
Assim, considerando esta correção que leva aquele desvio de resultados, pode dizer-se que no que respeita a função pública com 35 horas semanais, Portugal situa-se abaixo da média Europeia, mas acima da Itália, com 32,9 horas semanais. Na indústria química, Portugal está acima da média com 40 horas semanais em contraste com a média europeia de 38,6 horas. E o mesmo se poderá dizer, quanto ao setor de comércio e retalho, onde Portugal está no grupo de países com a carga horária de 40 horas semanais contra a média europeia de 38.8. 
Claro que este estudo partiu do princípio de que cada trabalhador apenas tem um emprego e não se pode esquecer que em Portugal muitas famílias asseguram a sua qualidade de vida, com dois ou mais empregos, o que consequentemente implica, ainda menos horas com a família.
 
 
 
Um dia destes vi um programa sobre as leis laborais Alemães. O trabalhador faz 40 horas por semana e tem hipotese de fazer mais 1.30 sem receber trabalho extraordinário, contando para efeitos de reforma.
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