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sábado, 28 de maio de 2011

Sikkim – Gangtok

Fazendo fronteira com o Tibete, o Butão, o Nepal,  Sikkim é um pequeno reino anexado pela União Indiana, no final da década de 70. A tranquilidade das alturas tem fugido até agora do turismo de massas. Poucos são os que se aventuram, por estas bandas. A caminhada ecológica ou como são conhecidas o “trekking” é uma das actividades que os poucos que lá chegam, tem como objectivo. Atingir os oito metros de altitude. Não é fácil, mas não deixa de ser uma ambição. Para os menos atrevidos, podem sempre percorrer os vales e planícies, que recortam o início de cada montanha.



Nessas planícies vivem os  Lapcha, - populações de origem chinesa mas  com sangue indiano. Têm nas suas raízes o budismo mitigado com o lamaísmo (corrente prevalecente no Tibete). Talvez, esta mistura quer cultural quer racial, os tornou um povo acolhedor, amável e amigável.
De acesso difícil, não é um circuito turístico conhecido e divulgado em Portugal. A dificuldade surge desde logo, pela burocracia  que a viagem implica. Os dirigentes indianos fazem um controlo rigoroso a entrada no país, - só se entra em Sikkim mediante emissão de vistos. Esta é demorada, o que dificulta muito o acesso a esse canto longínquo do mundo.
Mas, ao conseguir-se o visto de entrada e depois de chegar, o ar faz-nos esquecer as dificuldades de chegar e apenas nos concentramos num único objectivo – conhecer! Sem perder tempo.
Por instantes, quando olhamos em redor, tudo parece movimentar-se em câmara lenta. O relógio parece não ser o mesmo. E, não é!
Sair da capital, - Gangtok é iniciar uma aventura de cume em cume.
Em Darjeeling, contactamos com os restos da colonização britânica acompanhada de uma bebida divina, - chá preto. (Escolas públicas de estilo britânico).
Os abrigos de montanha, que dão dormida a quem percorre o país dão a certeza de um saber viver, bem diferente do nosso. Sente-se a vida, tal como ela deveria ser vivida. Por nós, espera um safari de iaque por entre os vales regados pelos lagos, que vão dando ao longo das estações do ano, vida a aproximadamente cinco mil espécies de plantas. É o momento de sentir o contraste entre o frio das encostas das montanhas e o calor  tropical dos vales.
Embarcar no aeroporto de Sikkim, em regresso é deixar de ver um dos maiores recantos botânicos do mundo, e um povo com um olhar parado para o mundo, por não ter pressa de viver, mas antes de acolher, um turista, um estranho.
Apenas admirando, tal como eu!


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